
Pete Wentz da banda Fall Out Boy chama muito mais atenção do que a maioria dos baixistas de bandas de rock.
Com franja negra assimétrica, pintura nos olhos levemente borrada e sorriso meio dentuço, Wentz sem dúvida possui uma imagem marcante, mas é o seu comportamento pouco usual o responsável por essa impressão inesquecível causada no público.
"É estranho chegar a esse ponto, mas depois de passar por tantas, e tantas vezes, você deixa de se importar. Mas realmente me importo com o que as pessoas acham da minha banda, então isso se torna problemático". Mas o famoso baixista da banda assumiu papéis em geral reservados aos vocalistas. Ele tem amizade com as novas estrelas de Hollywood como Lindsay Lohan e Ashlee Simpson, e chegou a ter de enfrentar o furor da imprensa depois que fotos dele nu, tiradas por ele mesmo com o seu Sidekick, vazaram na internet.
"Nas primeiras 48 horas eu abandonei a banda e não falei com ninguém", conta Wentz sobre o escândalo do Sidekick. "Agora só se fala nisso, igual às especulações de como Michael Jackson teve os cabelos incendiados em um comercial da Pepsi".
Embora haja acusações de que ele mesmo teria veiculado as fotos, Wentz dá de ombros, compreendendo por que as pessoas fazem esse tipo de alegações sobre ele.
"É uma coisa bizarra você meio que controlar seu próprio destino", diz ele sobre a era da internet. "As pessoas conseguem direcionar seu próprio público e criar essa onda por trás".
O resultado foi um disco aclamado pela crítica e o hit "This Ain't a Scene, It's an Arms Race" ganhando destaque tanto nas rádios mais comercias quanto nas independentes.
"O Fall Out Boy acertou em tudo em sua subida para a crista da próxima onda de bandas punk de sucesso comercial", afirmou Joe Escalante, apresentador da rádio Indie 103.1 FM de Los Angeles. "Eles conquistaram os fãs por tocarem bem, não enganando o público com propaganda enganosa. Foram fiéis ao punk rock".
O Fall Out Boy não esconde o prazer que sente por criar músicas que as massas sabem cantar, mas se mantém firme ao afirmar que o sucesso comercial não é o objetivo final da banda.
"Tudo na minha vida foi muito narcisista", ele admite. “Esse cachorro me ama como ninguém".