Avril Lavigne que se cuide. Com tantas concorrentes de sucesso no cenário pop, a canadense pode acabar perdendo fãs. Apesar de reunir algumas boas canções que soam divertidas para muitos jovens, “The best damn thing”, novo disco da cantora, alçado ao topo das paradas pelo single “Girlfriend”, não oferece nada muito melhor do que as mesmas lamúrias e provocações que ela vem apresentando desde seu álbum de estréia, “Let go” (2002). Só que agora é diferente, e os iPods e MySpaces estão cheios de hits de garotas espertas, como a novata inglesa Lily Allen, que tem a língua tão afiada quanto a da canadense, mas parece ser mais hábil na arte de difamar ex-namorados – tema recorrente nas composições de Lavigne -, propondo um ponto de vista irônico e mais bem-humorado sobre o assunto.
Enquete: quem é a musa dos teens, Avril Lavigne ou Amy Lee?
Misturando vocais ao estilo de Gwen Stefani e testando seu lado sexy à moda de Fergie (como em “Hot”), Avril parece estar em busca de um estilo próprio. Se a loira é capaz de demonstrar “atitude” fora dos palcos - como quando abandonou as gravatas em 2003, cuspiu em fotógrafos (e depois pediu desculpas) em 2006, ou comprou uma casa de US$ 9,5 milhões com oito quartos e dez banheiros no início de abril - talvez já estivesse na idade de deixar a postura de criança mimada para trás. Confusa entre essa e a opção de se tornar definitivamente uma mulher que não tem medo de expressar suas emoções, a cantora, que completa 23 anos em setembro, acaba ficando no meio do caminho. É fato que os fãs vão se deliciar com a batida de “I don’t have to try”, a balada “Keep holding on”, e mesmo com as faixas que se fiam no bom e velho riff rápido estilo hardcore. Mas, para quem já não simpatizava com a loira, não vai ser desta vez. Quem sabe no próximo álbum.